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História do município

História do município


A história de Bom Princípio inicia muito antes da emancipação em 12 de maio de 1982, está situada entre a Grande Porto Alegre e a Serra Gaúcha, no Vale do Rio Caí. Ela foi colonizada pela origem alemã, ainda hoje a maior parte das pessoas que residem no município são de origem alemã. Bom Princípio é conhecida nacionalmente por sua fruta símbolo "MORANGO" e para homenagear o seu maior ícone, realiza a cada dois anos a Festa Nacional do Moranguinho. O município também promove a Construmóvel, uma mostra de materiais de construção, móveis, esquadrias, decoração, jardim e serviços, segmento também bastante representativo no Município. Com cerca de 14 mil habitantes, a cidade faz divisa com os municípios de São Vendelino, Tupandi, São Sebastião do Caí – município do qual foi emancipado por meio da Lei Estadual nº 7.653 -, Feliz, Barão, Alto Feliz e Harmonia.
 
 
 
Os primeiros anos

O primeiro nome de Bom Princípio teria sido Serraria, por volta de 1814, época em que a atual área do município pertencia a Luiza Theodora Feijó. Isso foi bem antes da colonização alemã, em um tempo que tudo ainda era mata, repleta de trilhas percorridas por índios caingangues.
 
 
 
A colonização

Em 1840, o imigrante João Guilherme Winter, vindo da cidade alemã de Klüsserath, comprou uma grande quantidade de terras junto ao Rio Caí e Arroio Forromeco. O local passou a ser chamado de Wintersohnschneiss (Picada de Winter Filho, em alemão). Quatro anos depois, o nome já havia sido reduzido para "Winterschneiss" (Picada do Winter). Este nome, apesar de não constar em nenhum documento oficial, ainda é lembrado e até usado algumas vezes para designar Bom Princípio, principalmente pelos mais velhos. Já o nome "Bom Princípio" teria sido criado em 1853, pelo comerciante Philip Jacob Selbach, para que a localidade tivesse um nome em português.
 
 
 
Guilherme Winter

Devido ao perigo representado pelos ataques dos índios, a colonização do Vale do Caí foi iniciada com a venda de lotes situados perto do rio, onde os colonos ficavam mais concentrados e próximos, podendo se proteger mutuamente. A proximidade do rio era importante também porque ele era, na época, o único meio de transporte viável para o escoamento da produção dos colonos. Estradas não existiam, apenas picadas (trilhos estreitos pelo meio do mato) pelas quais não se podia trafegar com uma carroça. Elas davam passagem apenas para pessoas caminhando ou montadas em cavalos ou burros.

Onde hoje se situa Bom Princípio, junto ao rio Caí, a colonização foi promovida por Guilherme Winter.  Ele comprou – em 1846 – uma grande área pertencente a uma viúva chamada Thereza Feijó, que não residia nas terras. Winter vendeu lotes para colonos alemães (ou de origem alemã já nascidos no Brasil) que foram se estabelecendo na área e formando um povoado ao qual foi dado o nome de Winterschneis (Picada Winter). Em 1853, já eram 18 as famílias estabelecidas nas terras que Guilherme havia comprado para revender.

Guilherme Winter nasceu na Alemanha, em 13 de março de 1806, na localidade de Klüsserath, município de Schweich, no vale do rio Mosela.  Há apenas um documento em terras brasileiras que comprove a legitimidade da procedência do fundador de Bom Princípio, sendo cópia autenticada e oficial emitida pelo bispado daquela cidade, cujos registros estão no Livro de Família nº 1 da Paróquia Rainha do Rosário em Klüsserath, página 23, número 7, guardados com muito carinho e gratidão por Jacinto Klein. Hoje ainda vivem Winter naquela comunidade. A pesquisa dos antepassados de Guilherme Winter chegou até os anos de 1600.

Imigrou para o Brasil chegando a São Leopoldo em 14 de maio de 1829, aos 22 anos. Veio acompanhado da mãe, Irmina, e dos seus irmãos mais novos Jacó, Bárbara e Filipe. Vieram numa viagem tumultuada, pois o veleiro Cäcilia (como era chamado por alguns através da tradição), no qual saíram da Alemanha, naufragou logo no início da viagem. Os passageiros tiveram de permanecer na Inglaterra por dois anos até conseguirem a continuação da viagem num veleiro inglês. O veleiro Helena en Maria, nome oficial deste que era chamado de Cäcilia, naufragou por uma série de problemas, em especial má conservação e excesso de pessoas.
Guilherme, sua mãe e irmãos estabeleceram-se em São José do Hortêncio. Relatos vindos de Klüsserath indicam que Guilherme, após a morte do pai, teria tido a sua idade alterada para que fosse maior de idade, e assim, em lugar do pai, recebesse terras no Brasil, dando provimento à família.

Guilherme participou da Revolução Farroupilha, lutando do lado do Império, contra a revolução. Mas desertou e, por isto, sofreu represálias.
 
 







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