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Notícias

Flores são possibilidade de renda na Terra do Moranguinho


Data de Publicação: 6 de fevereiro de 2023
Fotos: Tiago Bald/EMATER



Avaliar a potencialidade da dália de corte como alternativa de flor para comercialização. Este é um dos objetivos da pequena unidade demonstrativa que foi implantada em novembro do último ano, na propriedade da família Steffen, de Bom Princípio. A ação é parte do Projeto Flores Para Todos, que é coordenado pela equipe Phenoglad da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com o apoio técnico e operacional da Emater/RS-Ascar. O objetivo, de acordo com o extensionista Lauro Bernardi é o de incentivar o uso da floricultura não apenas como embelezamento da propriedade, mas também para geração de renda e diversificação. 

 

Produtor há dez anos de margaridas, statsis, girassois, gladíolos e sempre-vivas, o agricultor André Steffen implantou em um pequeno canteiro cerca de vinte unidades de dálias das variedades Rebecca’s World e Sibéria. “A ideia geral é avaliar o desempenho das duas cultivares e oportunizar a troca de conhecimentos respeitando a realidade da região” salienta o coordenador do projeto que está em sua décima etapa, o professor da UFSM Nereu Streck. Acompanhado do produtor Charles de Freitas e das estudantes Luana da Silva e Pâmela Bittencourt, o docente esteve na propriedade dos Steffen na última sexta-feira (03/02). 

 

A intenção da visita foi a de repassar informações relativas ao manejo das cultivares, o que envolve uma primeira poda justamente quando tem início a colheita das primeiras flores. De posse de uma planilha, a equipe verificou, com o apoio da família, questões como visibilidade e cor dos botões, diâmetro da flor, rendimento de hastes por planta, contagem do número de folhas no broto e data do aparecimento do botão. “Ao cabo, trata-se de um método de extensão, que envolve a parceria e a disponibilidade dos agricultores para o fomento do cultivo de flores, socializando conhecimentos gerados em pesquisas”, observa Bernardi. 

 

Streck lembra que 80% das flores consumidas no Estado não são produzidas aqui, o que dá uma dimensão do potencial da cultura. “E em tempos pós-pandemia, ampliou-se a ideia do consumo como experiência, de contato direto com agricultores, de saber como é produzido”, pondera. No caso dos Steffen, a produção não apenas de flores, mas de frutas em sistema orgânico, são um atrativo a mais para uma propriedade que tem investido no turismo rural como uma alternativa. “O nosso próximo passo é incluir o espaço no Airbnb como forma de ampliar essa proximidade com o público”, explica Adriane Steffen, esposa de André. 

 

Para quem visita a propriedade, que fica em uma localidade apropriadamente chamada de Vale das Flores, já é possível ver a beleza dos girassois, que são comercializados, junto com outras flores, em feiras de Porto Alegre. “O André é um grande entusiasta das flores e investir em dálias também é testar, experimentar, errar e acertar”, avalia a agricultora, que explica que o marido já planou, por conta, mais 200 pés de dálias, visando ter flores disponíveis para datas como o Dia das Mães. “É uma planta de fato mais produtiva no período menos quente, antes do inverno”, atesta Streck. 

 

Em sua décima fase, o projeto Flores para Todos já alcançou, em cinco anos, quase 300 famílias rurais e 45 escolas de campo em dezesseis estados brasileiros e Distrito Federal – sendo metade destas no Rio Grande do Sul. “Desde o seu começo, em 2018, o programa se consolida como uma ação inclusive de extensão da floricultura brasileira, estimulando a profissionalização e o espírito empreendedor dos envolvidos”, destaca Streck. O professor destaca ainda que a ideia é pensar na floricultura como fonte de renda, mas tendo por base os três pilares da produção sustentável: ambiental, social e econômico. 

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