Você sabia….que histórias natalinas revelam costumes diferentes do nosso passado?

Atualmente, o Natal e as festas de final de ano seguem um ritmo acelerado de compras e festividades, em que o consumo por vezes assume o protagonismo. Mas nem sempre foi assim. A obra Histórias Natalinas, coletânea de textos publicados, em 1998, pela Prefeitura de Bom Princípio, revela detalhes do cotidiano de gerações passadas.

Trazemos alguns destes relatos: “Em meados de outubro, quando os vaga-lumes começavam a piscar, dando um encantamento todo especial às noites, mamãe dizia: ‘Crianças, o Natal está próximo, faltam dois meses.’

Em novembro, quando à tardinha o céu ficava de um colorido todo especial, vovó recomendava: ‘Christkindchen está colorindo os doces de Natal. A partir de agora, procurem obedecer os mais velhos, fazer suas tarefas com entusiasmo e preparar o coração para a chegada do Menino Jesus.’ Relator: Wilibaldo Steffen. Redator: Álvaro Torres.

“O jumento, como era o responsável por trazer o Papai Noel até nós, lhe deixávamos pasto. Por incrível que pareça, ele sempre vinha comê-lo, não deixando nenhum resto. O “velhinho”, Papai Noel, era o máximo para nós, mas havia alguma coisa nele que sempre nos assustava muito: a vara que carregava consigo. Sabíamos que, quando não nos comportamos, ele via tudo, e poderíamos muito bem levar umas “varadas”. Relator: Inácio Darcy Flach. Redator: Rejane Flach.

“No dia do Natal a família se reunia para ir à Igreja, tendo que caminhar em torno de uma hora para chegar ao destino. Ganhávamos roupas e sapatos do Papai Noel, que sempre passava nas casas à tardinha, antes de irmos à missa, que iniciava à meia-noite e durava em torno de três horas. Lembra que o Christkindchen era uma mulher, vestida de branco que vinha num burrinho, carregando presentes e tocando uma sineta”. Relator: Lauro José Henz. Redator: Janaína Ott.

Os relatos demonstram que o Natal era uma festividade simples, carregada de simplicidade, religiosidade e momentos vividos em família e na comunidade.