Um novo olhar para o cuidado em saúde mental
Secretarias: Saúde
Data de Publicação: 10 de dezembro de 2025
A rede de cuidados em saúde mental de Bom Princípio marca um novo capítulo na forma como o município compreende e acolhe o sofrimento psíquico de sua população. Mais do que um projeto técnico, a iniciativa nasce da convicção de que cuidar da saúde mental exige conexões. Conexões entre serviços, entre equipes, entre territórios e, principalmente, entre pessoas.
Instituída neste ano, sob coordenação da psicóloga Daroixa Luft, a rede foi construída de maneira intersetorial, organizando fluxos, aproximando profissionais e fortalecendo vínculos entre saúde, educação, assistência social e Conselho Tutelar. “Com isso, o município consolida um cuidado que enxerga singularidades, histórias e contextos — e não apenas sintomas, superando práticas fragmentadas e garantindo atendimentos mais ágeis, humanos e continuados”, destaca a psicóloga.
Um dos pilares desta estrutura são as reuniões mensais da rede, espaços que reúnem diferentes setores para estudo de casos, pactuação de encaminhamentos, compartilhamento de responsabilidades e análise coletiva dos desafios do território. Estes encontros construíram, ao longo do ano, um ambiente de confiança e cooperação, reconhecido pelos próprios profissionais.
As falas dos integrantes da rede reforçam a importância desta articulação. “Implantamos a comunicação entre Saúde Mental e UPA, o que facilitou o funcionamento e trouxe resultados”, enfatiza Bruna Luft Brum - coordenadora da UPA. “As reuniões de rede facilitaram o trabalho enquanto Conselho Tutelar, dando agilidade e visibilidade aos casos”, destaca Michele Rosa Dalagna, do Conselho Tutelar. “Estamos no caminho certo. Espero que em 2026 possamos continuar com o apoio da rede”, complementa Rosanete Theobald, do Conselho Tutelar.
“A expansão da rede beneficiou aos profissionais e, principalmente, aos pacientes, que passaram a ter acesso mais ágil e integrado aos recursos necessários. Tenho orgulho desta construção conjunta, que só foi possível pelo bom desempenho da coordenação”, ressalta a psicóloga da Saúde Ana Carolina Tronquini Schein. “Foi um ano de muito aprendizado. Com o apoio da rede fui crescendo”, resume Arlete Ritter, responsável por atendimentos das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
“Satisfação, orgulho e amor por fazer parte deste time. O trabalho em rede funciona. Temos abertura, espaço de fala e escuta, e voz ativa para todos”, destaca Carolina Rockenbach, da psicologia educacional.
“O sucesso alcançado se deve ao trabalho intersetorial, que buscou soluções com olhar técnico e comprometido. Na educação, os resultados foram significativos, com melhorias no fluxo, no acompanhamento e no acolhimento”, afirma a coordenadora da Educação Especial, Marieli Rodrigues da Silva Corrêa.
De acordo com a equipe, a criação da rede amplia o acesso, garante acolhimento humanizado em momentos de crise e fortalece ações preventivas no território. “Mais do que protocolos, ela simboliza um compromisso ético com a vida: o compromisso de sustentar trajetórias, proteger direitos e assegurar que ninguém caminhe sozinho”, enfatiza Daroixa.
