Alunos de Bom Princípio se destacam na 40ª Mostratec, em Novo Hamburgo

Secretarias: Educação, Cultura e Desporto
Data de Publicação: 31 de outubro de 2025

Município esteve representado por seis grupos, com projetos que destacaram a criatividade e o protagonismo estudantil. Um deles conquistou o terceiro lugar na categoria 2, levando o nome do município ao pódio da maior feira de ciência e tecnologia da América Latina

A Mostratec – Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, promovida pela Fundação Liberato Salzano, em Novo Hamburgo, chegou a sua 40ª edição. Está consolidada como a maior feira de ciência e tecnologia da América Latina, contado com a participação de quase 800 projetos científicos desenvolvidos por estudantes de diversas partes do Brasil e do exterior. O evento foi realizado entre terça e quinta-feira, nos pavilhões da Fenac.

Neste ano, seis grupos de alunos de Bom Princípio participaram da Mostratec, representando desde a educação infantil até o ensino médio. Entre eles, um grupo conquistou um importante reconhecimento: o terceiro lugar na categoria 2, com o projeto “Ao dançar dá para se curar?”, desenvolvido pelas turmas de 4º e 5º ano da EMEF José de Anchieta, sob orientação da professora Maria Angélica Steffen de Castro.

A secretária da Educação, Márcia Rhoden, celebrou com orgulho a participação dos alunos bom-principienses no evento. “Estamos imensamente orgulhosos de todos os nossos alunos que participaram da Mostratec. Só o fato de estarem lá, representando com tanto empenho e dedicação o nosso município, já é uma grande conquista. Cada um deles é um vencedor”, enalteceu. “Parabéns a todos os participantes pelo comprometimento, pela curiosidade e pela alegria com que viveram essa experiência”, acrescentou.

“Um reconhecimento especial às meninas premiadas e à professora Maria Angélica, que se dedicou de corpo e alma, orientando, incentivando e acreditando no potencial de suas alunas”, destacou. “Esta conquista é fruto do envolvimento de todos — estudantes, escola, famílias e equipe pedagógica — que acreditam no poder da educação e da ciência para transformar vidas. Estamos muito felizes e gratos por este lindo resultado”, enfatizou a secretária.

O sucesso na Mostratec reforça o compromisso das escolas de Bom Princípio com a valorização da pesquisa, da criatividade e do protagonismo estudantil, mostrando que a curiosidade e o espírito científico estão presentes desde cedo entre os alunos da rede municipal.

 

O projeto premiado

O projeto “Ao dançar dá para se curar?” foi desenvolvido pelos alunos do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental José de Anchieta, situada em Bom Fim Alto, Bom Princípio/RS. A ideia surgiu em uma aula de Artes, a partir da leitura de um texto sobre dança, despertando o interesse da turma em investigar como esta prática artística pode contribuir para a saúde física e mental.Com o objetivo de analisar como a dança pode ser incorporada ao cotidiano escolar e familiar como estratégia de cuidado com a saúde integral, o projeto utilizou a metodologia da pesquisa-ação, envolvendo estudantes, professores e familiares. Entre as atividades, destacam-se: aplicação de questionário online, oficinas semanais de dança, rodas de conversa com profissionais da área, escuta de relatos de cura e uma pesquisa bibliográfica.Os resultados revelaram que 91,9% dos participantes acreditam fortemente que a dança promove benefícios à saúde física e emocional, e 98,4% a consideram uma forma de terapia. A maioria também reconheceu seus efeitos positivos sobre ansiedade, depressão, coordenação motora, imunidade e bem-estar, estes resultados confirmam a hipótese da pesquisa do grupo. A vivência nas oficinas permitiu compreender que, ao dançar, o corpo libera hormônios como dopamina, serotonina e endorfina, responsáveis pela sensação de prazer e equilíbrio emocional. Além disso, a dança melhora o condicionamento físico, favorece a concentração e promove alívio de sintomas de estresse e tristeza. Conclui-se que a dança, além de expressão artística, é um recurso terapêutico acessível e eficaz. O projeto demonstrou que ela pode ser integrada ao ambiente escolar como uma ferramenta de cuidado com a saúde, promovendo bem-estar e qualidade de vida para crianças, famílias e toda a comunidade.