Bom Princípio conhece os donos da bola pesada

Data de Publicação: 1 de setembro de 2018
Fotos: Alex Steffen
Crédito: Alex Steffen

Vai esperar o que de uma chuvosa noite de sexta-feira? Happy hour, não era a pedida, ao menos em Bom Princípio. Um grande número de pessoas, algumas centenas para ser mais preciso, tomou uma mesma decisão: ir ao Ginásio Municipal José Bertoldo Ledur. E o motivo era um só. Todos queriam ver gols. Foi o que viram. De todos os tipos, inclusive, golaços.

Final Feminina
Divas e Las Ticas duelavam para ver quem venceria entre as gurias. E o embate principal era entre a goleadora Liciane e a goleiraça Clau. E, quem, desta vez, levou a melhor foi a pequena gigante que ficava debaixo das traves do Las Ticas. Se Liciane, foi confirmada goleadora do campeonato e Clau a menos vazada, haveria motivo para uma foto no final, mas somente uma seria campeã.
As Divas, como também ocorreu na primeira partida, largaram na frente. Logo nos segundos iniciais da partida, com um gol de Karine Steffens. Mas, alegrias não seriam a tônica do time das Divas, que de rosa estavam fardadas. A esperança, em tons de verde, ditou regra. Tiane, que fez cinco gols no primeiro jogo, nesta partida, foi mais econômica. Marcou o primeiro e deu corta-luz no segundo, este feito por Graciela. Quando o cronômetro zerou, Tiane, ainda empurrou para as redes, mas o gol foi invalidado. Pouco interessava, Las Ticas venceram por 2 a 1, iniciando uma grande festa em quadra.
O elenco das Divas era formado por Cristine, Ana Caroline, Karine, Liciane, Sandra, Débora, Tarciane, Aline, Tatiane, Liciara e Tatiana. Já as campeãs Las Ticas, formaram com Claudete, Lauren, Anelise, Larissa, Graciela, Nicole, Laura, Raquel e Tiane.
A entrega das medalhas e troféus, feita pelo coordenador de esportes Dirceu “Pila” Fritzen e o prefeito em exercício Joãozinho Weschenfelder poderia representar alegria apenas de um lado. Mas, não. Alegrias, é claro, não podem ser mensuradas, mas Divas e Las Ticas estavam felizes. Muito. Cada qual à sua maneira. Las Ticas, assim, saíram campeãs, mas teve foto mesclada entre as atletas, selfies e comemorações. O futsal feminino venceu.

Duelo de titãs nos veteranos.
Não havia outro jeito para o Ibis. Precisava vencer no tempo normal para levar o jogo para a prorrogação. O Fênix, por sua vez, precisava do empate. E, em meio a esta dualidade toda, Jorge John, o Xox, goleiro do Ibis, que é cria do Fênix e diretor do clube que em quadra enfrentava.
E o Ibis, no tempo normal, Dili, o capitão, marcou o gol que levaria a partida para a prorrogação. Um jogaço. Quente. Com direito a expulsão. Empurra de cá e de lá. Entradas mais duras. Um jogo digno da rivalidade.
Na prorrogação, o time fez jus à Fênix, ave que renasce das cinzas, e marcou dois gols. Com Patrick e Michael (que foi o goleador da taça Altenbrück/Fuse Sports), as redes do menos vazado Xox, foram balançadas. O Ibis carecia de dois gols. O empate serviria para o título. Foram pra cima com goleiro linha, e balançaram a rede, com Gio Sartori. Mas um gol não foi o bastante. Teriam sentido a ausência de Fábio Persch? O prefeito de Bom Princípio, que atua desde jovem pelo Ibis, estava longe, em viagem, e não pode jogar. Ainda assim, o Ibis foi gigante. Perdeu um duelo de titãs. O Ibis formou com Xox, Rafael, Dili, Felipe, Naldo, Everton, André, Odair, Eduardo, Limão, Fabrício, Cancilo e Gio.
Do outro lado, como fruto de um campeonato excelente veio o tricampeonato do Fênix, treinado por Evandro . O campeão formou com João, Patrick, Michael, Lairson, Ilvo, Fábio, Cláudio, Maikol, Eduardo, Rogério, Márcio, Álvaro, Kleber e Evandro.
Findada a partida, foi a vez de comemorar dentro e fora de quadra, com os troféus e medalhas, além da camiseta comemorativa ao tri conquistado.

Em noite de gala, Filtradores faz sete no Brasil
Se no primeiro jogo das finais entre Brasil e Filtradores houve equilíbrio, algo mudou o cenário. Teria o Brasil, de amarelo, perdido as estribeiras frente a um time que tem como escudo o chopp alemão? E por mero detalhe, ou melhor, por um gol, não se repetiu o fatídico placar da Copa do Mundo de 2014, quando brasileiros se depararam com os alemães.
Até que poderia ser um time germânico, afinal o Filtradores tem no elenco Lunkes, Ledur, Steffens, Luft, Arnhold, Kerber, Barth e outros mais com a descendência teuto nas veias. Mas, o grande diferencial, mesmo, foi brasileiríssimo. Um certo Teixeira.
Com apenas 22 segundos de jogo, Rafael Lunkes largou um torpedo, da intermediária de ataque. Lucas Steffen fez uma defesa maravilhosa, mas o rebote voltou em Rafael, que com o outro pé, desta vez o direito, fuzilou. 1 a zero Filtradores.
Foi aí que o “naturalizado” Teixeira virou mais “alemão” do que nunca. De apelido Bilica, o goleiro não apenas defendeu, mas também brilhou como goleador. A torcida não parava de gritar “Bilica, Bilica, Bilicaaaaaaaa”. E não foi de graça, ele marcou dois gols, golaços para ser mais preciso, e fechou a primeira etapa em 3 a zero. O técnico Jair, geralmente contido, não conseguia esconder o sorriso.
Na segunda etapa, o Brasil, ainda com ânimo, precisava de um quase milagre. O time formado por Lucas, Fabiano, Renan, Everton, Naldo, Fábio, Leandro, Jeferson, Rodrigo, Gean, Rogério, Diego e Tiago Sachet, precisava marcar gols. Tentou até goleiro linha. Nada ou quase nada rendeu frutos.
Rafael Lunkes balançou as redes novamente. Willian Luft, de joelhos, tratou de agradecer, afinal, marcou o quinto. Foi a vez de Mathias Barth, com sina de matador, fazer o gol mais bonito da noite. Barth em rápida fuga pela direita, cortou para o meio, deixou o goleiro sentado, e empurrou, mansa, a redonda para as redes. 6 a zero.
Tiago Sachet, de qualidade reconhecida, fez o seu, descontando. Foi aplaudido pela torcida, que a esta altura, já havia largado de mão o sonho do título.
Veio o sétimo do Filtradores, com Charles Guth, outro de sobrenome alemão. E a história parecia ser reescrita. Mas, não. Gean, fez o segundo do Brasil, e evitou a “piada pronta” do 7 a 1. Placar final, 7 a 2 para o Filtradores.
O vereador Régis Junges, torcedor do Filtradores, entregou o troféu à estrela Bilica como menos vazado. Pila Fritzen, repassou o troféu ao representante do goleador Itaqui. E Joãozinho Weschenfelder, o prefeito em exercício, encantado com o show de Bilica e os seus, entregou o troféu ao time campeão, que ainda recebeu um fardamento completo da Fuse Sports. Claro, chopp Altenbrück também não faltou ao timaço campeão. Timaço que formou com Bilica, Lunkes, Charles, Mathias, Willian, Henrique, Heider, Vinícius, Marco, Alcir, Fabiano e Douglas, teve o prazer de festejar em quadra, fora dela e madrugada a dentro.
Uma chuva de gols em uma noite em que os céus também derramavam água, lavando a alma de quem é apaixonado por futsal.